Protagonismo é uma qualidade humana, desenvolva a sua

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Como você encara os resultados que tem obtido? Acredita que eles são determinados por fatores externos (como sorte ou destino) ou internos (como suas decisões e habilidades de fazer acontecer)?

Sabe aquela vontade que você tem de fazer uma viagem com a família, voltar a estudar ou ter um corpo e uma mente mais saudáveis? Então, o que abordaremos neste texto pode ser um bom ponto de partida para que você drible uma possível (talvez provável) autossabotagem e parta para a conquista daquilo que almeja.

Protagonismo é uma ciência ou está na cozinha da sua casa?

Alguns estudiosos do comportamento humano vêm estudando essa relação entre como agimos e os resultados que obtemos na vida. Julian Rotter, um dos autores mais influentes do tema, propôs um conceito conhecido como “Lócus de Controle”, cujo significado é Local de Controle.

Eu aprendi esse conceito em 2003 e, desde então, venho aplicando na minha vida com ótimos resultados. Decidi resumir aqui e compartilhar para que você também possa usufruir dos benefícios dessa mudança de atitude.

Entender é fácil, me acompanhe no que o Sr. Rotter nos explica sobre o conceito “Lócus de Controle”:

  • Lócus de Controle Interno: Quando acreditamos que os resultados e recompensas que obtemos, sejam eles satisfatórios ou não, são a consequência de nossos próprios comportamentos, atributos e decisões.
  • Lócus de Controle Externo: Quando acreditamos que os resultados e recompensas que obtemos são a consequência da ocorrência de fatores fora do nosso controle e que nada ou pouco poderíamos ter feito para que fosse diferente.

Qual o Modelo Mental das pessoas realizadoras?

Nas pesquisas do Sr. Rotter, como você já deve imaginar pela própria definição, as pessoas bem-sucedidas buscam constantemente o Lócus Interno. Ou seja, sempre que desejam realizar algo ou que algum resultado indesejado acontece, elas se perguntam: “o que eu posso fazer para chegar no resultado que desejo?”

Infelizmente, os números das pesquisas apontam que a grande maioria das pessoas – de forma inconsciente – prefere atuar com o Lócus Externo. Ou seja, elas acreditam que dependem apenas dos fatores externos para chegar aonde querem: “Se ganhar na loteria”, “se o governo ajudar”, “se meu líder fosse diferente”, “se o mundo fosse mais justo”, etc.. Dessa forma, elas ficam “cegas” para aquilo que elas próprias poderiam fazer e acabam se colocando como vítimas das circunstâncias.

Porque nos vitimizamos com tanta frequência?

Se o Lócus Interno é a atitude mental das pessoas bem-sucedidas, por que então a grande maioria das pessoas age com o Lócus Externo? Porque é mais fácil, ou seja, é a melhor forma de ficarmos na zona de conforto: se a responsabilidade é dos outros, não há nada que eu possa fazer; tudo bem se eu perder o protagonismo da minha vida, mas também não vou precisar mudar, estudar, aprender, nem trabalhar. Resultado: pouca história para contar e muito do que reclamar.

Sério, isso pode mudar sua vida!

Agora, se você deseja realizar seus objetivos na vida, a minha recomendação (e a do Sr. Rotter também) é que você coloque agora mesmo no papel aquilo que você quer realizar e se pergunte: “O que me cabe fazer para que isso aconteça?”. Faça seu plano de ação, enfrente sua zona de conforto e seja bem-vindo ao mundo daqueles que pouco reclamam, muito fazem e chegam aonde querem.

Sim, você pode aprender aquele idioma, perder aqueles quilos, fazer aquela viagem, melhorar a relação com seus colegas de comportamento “mais difícil de lidar”… Só cabe a você mesmo decidir que essa aspiração vale mais do que sua zona de conforto e começar a agir, agora mesmo, de forma consistente.

Como diria Nelson Mandela, desejo que o futuro o encontre fazendo justamente o que você precisava ter feito para chegar aonde você queria estar. Sucesso na caminhada!

Daniel Spinelli – Facilitador, palestrante, surfista e questionador do status quo.

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